O século XXI remete a uma grande reflexão sobre a maneira pela qual as organizações devem ser administradas, em virtude das constantes mudanças e turbulências do cenário atual. Essas transformações levam a modificações não apenas nos equipamentos mas também nos processos de trabalho e na gestão de pessoas.
O desafio do desenvolvimento sustentável, a globalização, os avanços tecnológicos em contextos tumultuados, a preocupação com o meio ambiente e o impacto das mudanças governamentais na sociedade vêm demandando novas respostas do Estado e melhoria dos serviços prestados.
Uma nova mentalidade e uma nova cultura organizacional e gerencial são necessárias para enfrentar com êxito essas realidades.
O Estado deve servir à sociedade. Ser mais ágil, mais eficiente, ter mais capacidade para resolver os problemas cotidianos do cidadão.
Os brasileiros exigem que as ações do governo sejam mais eficazes e que o dinheiro dos contribuintes seja mais bem aplicado. Em suma, a sociedade quer uma administração pública orientada para resultados que se traduzam em alimentos, emprego, segurança, escolas, hospitais, moradias, água e esgoto.
É nesse contexto que a capacidade de administrar bem com eficiência e eficácia se torna mais relevante e passa a ser prioridade política.
Na atual sociedade do conhecimento, as organizações capazes de se renovar continuamente por meio da inovação em estratégia, produtos, processos, relacionamento humano e conexão com a sociedade, definitivamente obtêm amplas vantagens competitivas.
Partindo-se da premissa de que a criação, o crescimento e a manutenção das organizações estão vinculados à conquista de resultados sustentáveis, há necessidade da integração de três fatores fundamentais: filosofia empresarial, pessoas e processos, para que sejam capazes de responder ao desafio de operar em um ambiente composto de forças – mercado, tecnologia, economia, política e social, geradoras de oportunidades e ameaças.
Pessoas são fundamentais porque o alcance de resultados numa organização só é possível a partir da interação entre elas e o trabalho que realizam, transformando os recursos disponíveis em riqueza, fazendo-as se desenvolver e sobreviver.
Processos, porque a escolha e a maneira como um conjunto de atividades/funções é organizado vão influenciar, positiva ou negativamente, o posicionamento da organização no mercado e o alcance dos resultados desejados.
Para que esses fatores interajam de forma adequada, o pressuposto é que as organizações definam o porquê da sua existência, que é a base para a definição do modelo de gestão e das práticas administrativas que levarão ao alcance dos resultados desejados. Esse conjunto de definições empresariais é categorizado como Filosofia Empresarial.
Rosen (1993) comenta que “o poder das pessoas talvez seja a força mais poderosa, já que penetra em todas as facetas de todos os tipos de negócios, tocando em cada estágio das operações e cada estratégia, meta ou visão”.
As diversas visões sobre liderança confirmam que a ação de liderar demanda a realização de objetivos com e por meio de pessoas. Ser dirigente é como reger uma orquestra cujas partituras mudam a cada instante e cujos músicos têm liberdade para marcar seu próprio compasso.
Senge (1998) acrescenta que liderança é “a tensão criada pelo fosso entre a situação presente e o sonho. Como toda tensão procura resolução, ela é fonte de energia que leva à criação de algo que não existe. E é isso que fazem os líderes”.
Para Kouzes e Posner (1997) a liderança é “a arte de mobilizar os outros para que estes queiram lutar por aspirações compartilhadas”. Nesse conceito, uma palavra se destaca: querer, pois levar as pessoas a fazerem alguma coisa não é uma tarefa relativamente simples.
Para perceber a verdadeira essência da liderança é preciso se perguntar: o que é necessário para que as pessoas queiram se engajar em uma organização de forma “voluntária”? O que precisa ser feito para que as pessoas apresentem um desempenho de alto nível? O que fazer para que as pessoas permaneçam leais à organização? Eles complementam que existe uma diferença entre conseguir apoio e dar ordens, e que os verdadeiros líderes “mantêm a credibilidade em consequência de suas ações – ao desafiar, inspirar, permitir, guiar e encorajar”.
Papel fundamental possuem os gestores/líderes para modernizar, transformar e renovar a instituição como um todo. Pela posição privilegiada que ocupam, são pessoas-chave na tradução da missão/visão/valores da alta administração e das grandes estratégias da instituição para a linguagem dos que “fazem acontecer” no cotidiano.
Ao mesmo tempo, estão em melhores condições de captar, por intermédio de suas equipes, os sinais que vêm do mercado, da comunidade e da sociedade e, assim, contribuírem para o refinamento das decisões estratégicas da organização.
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