O balanço orçamentário é uma das principais ferramentas de controle, análise e gestão nas finanças públicas.
Nas demonstrações contábeis do setor público, ele representa uma visão detalhada das receitas e despesas orçamentárias em um determinado período, geralmente um exercício fiscal, permitindo a avaliação da execução do orçamento público.
Este tema já foi iniciado no post: “As Demonstrações Contábeis do Setor Público”.
Conceito e Contextualização
O orçamento público é um instrumento de planejamento que prevê a arrecadação de receitas e a realização de despesas para um período futuro.
O balanço orçamentário, por sua vez, compara o que foi planejado (previsão) com o que foi efetivamente realizado.
Ele é estruturado de modo a refletir o saldo entre receitas e despesas, demonstrando a eficácia na execução orçamentária.
Estrutura do Balanço Orçamentário
O balanço é dividido em duas partes principais: Receitas e Despesas.
- Receitas: São os ingressos de recursos financeiros que o Estado arrecada, seja por meio de impostos, contribuições, taxas, entre outros. No balanço orçamentário, as receitas são classificadas em:
- Receitas Previstas: são as estimativas que o setor público espera arrecadar.
- Receitas Realizadas: referem-se ao que foi efetivamente arrecadado.
- Despesas: São os gastos que o setor público realiza para manter sua estrutura e fornecer serviços à população. As despesas são categorizadas em:
- Despesas Fixadas: são as despesas previstas no orçamento.
- Despesas Executadas: são os gastos efetivamente realizados.
Ao comparar as receitas previstas com as realizadas e as despesas fixadas com as executadas, tem-se uma noção clara de quão eficiente foi a gestão fiscal no período.
Importância na Gestão Pública
A transparência é um dos pilares da gestão pública. O balanço orçamentário, quando divulgado de forma clara e acessível, oferece aos cidadãos, órgãos de controle e demais interessados uma visão transparente de como os recursos públicos estão sendo gerenciados.
Ao identificar desvios entre o planejado e o realizado, o balanço orçamentário serve de base para correções de rumo, garantindo que os objetivos traçados pelo governo sejam atingidos.
A análise desse balanço permite, ainda, aferir a capacidade de o ente público honrar seus compromissos, gerar superávits ou déficits e avaliar a sustentabilidade fiscal.
Desafios na Elaboração e Análise
A complexidade das operações públicas, que envolvem múltiplas fontes de receita e diversas categorias de despesas, pode tornar o balanço orçamentário um documento extenso e de difícil compreensão para quem não é da área.
A contabilidade pública, regida por normas e princípios próprios, demanda profissionais capacitados para garantir a precisão e fidelidade das informações.
Adicionalmente, em cenários de instabilidade econômica, as previsões orçamentárias podem ser desafiadoras.
Oscilações nas receitas, principalmente em países dependentes de commodities, podem causar distorções significativas entre o previsto e o realizado.
Perspectivas Futuras
Com a evolução tecnológica e a crescente demanda por transparência, espera-se que os balanços orçamentários se tornem mais interativos e de fácil interpretação.
Ferramentas de Business Intelligence, por exemplo, podem auxiliar na visualização de dados, permitindo análises mais profundas e compreensíveis.
Além disso, a integração entre sistemas de diferentes entes (municipais, estaduais e federais) pode facilitar a consolidação de informações, proporcionando uma visão mais holística das finanças públicas.
A Importância da Transparência e Gestão Eficiente
O balanço orçamentário é um instrumento essencial nas demonstrações contábeis do setor público.
Ele oferece uma fotografia da saúde fiscal de um ente público, evidenciando a capacidade de gestão e planejamento.
Para cidadãos e gestores, é uma ferramenta valiosa que permite avaliar a eficiência na aplicação dos recursos e tomar decisões informadas sobre o futuro.
Em um mundo cada vez mais orientado por dados, garantir a precisão, transparência e acessibilidade dessas informações é fundamental para fortalecer a confiança na gestão pública e assegurar um desenvolvimento sustentável e equitativo.
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