Informação e Comunicação nas Organizações: Uma Perspectiva do Sistema de Controle Interno

Informação e Comunicação nas Organizações: Uma Perspectiva do Sistema de Controle Interno

No complexo ambiente corporativo atual, entender os sistemas de controle interno é mais do que um luxo; é uma necessidade.
Dentro deste panorama, o COSO I (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission) elevou a Informação e Comunicação como componentes essenciais desse controle.
Tais componentes já foram citados no post: O Sistema de Controle Interno e a Gestão de Riscos (https://mmpcursos.com.br/blog/sistema-controle-interno-gestao-riscos)
A eficácia operacional, a confiabilidade dos relatórios financeiros e a conformidade com as leis e regulamentos dependem intrinsecamente da qualidade e fluidez desses dois elementos.
Desenvolver um procedimento adequado de informação e comunicação pode não apenas fortalecer a infraestrutura de controle interno da organização, mas também potencializar sua capacidade de alcançar objetivos estratégicos, mitigar riscos e assegurar uma governança corporativa robusta.
1. Identificação, Documentação, Armazenamento e Comunicação Tempestiva:
A informação é um ativo poderoso. No entanto, antes de poder utilizar esse ativo de maneira eficaz, é essencial identificar quais informações são vitais para a organização.
Cada pedaço de dado, cada métrica, cada relatório tem um propósito, e a identificação correta dessas informações assegura que elas sejam alinhadas com os objetivos estratégicos da organização.
Com a identificação correta, entra em cena a documentação. A documentação serve como um registro confiável.
Ela permite rastrear mudanças, atribuir responsabilidades e, o mais importante, proporciona um histórico valioso para análises futuras, auditorias ou avaliações de desempenho.
Uma documentação sistemática e bem estruturada pode ser o que diferencia uma organização ágil de uma que está constantemente tropeçando em seus próprios processos.
O armazenamento, o próximo passo, é crucial em uma era onde a segurança de dados está sob constante ameaça. É imperativo garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações.
Isto não se refere apenas à proteção contra ameaças externas, mas também ao fácil acesso por parte daqueles dentro da organização que necessitam desses dados para desempenhar suas funções.
A comunicação, finalmente, é a ponte que liga a informação aos tomadores de decisão.
Uma informação valiosa que não é comunicada de maneira eficaz e tempestiva pode ser tão prejudicial quanto não ter essa informação em primeiro lugar.
A capacidade de transmitir informações relevantes de maneira clara, concisa e no momento certo pode impulsionar a eficiência operacional e a tomada de decisão estratégica.
2. Qualidade da Informação:
Mas, e a qualidade? Em uma era inundada de dados, a relevância e a precisão da informação tornam-se de suma importância.
As organizações devem ser meticulosas ao avaliar a qualidade dos dados que possuem e utilizam.
Informações imprecisas, obsoletas ou enganosas podem ser mais do que inúteis; podem ser prejudiciais, levando a decisões estratégicas erradas ou a falhas operacionais.
3. Apropriação e Acessibilidade da Informação:
A informação não é uma camisa única para todos. O que é relevante para o departamento financeiro pode não ser para o departamento de marketing, e vice-versa.
Assim, é crucial garantir que as informações sejam apropriadas para cada segmento da organização.
Além de ser apropriada, a informação deve ser acessível. Isso significa que ela deve ser facilmente disponível para aqueles que dela necessitam, de uma forma que seja compreensível e útil.
Isso implica em investir em sistemas de informação que sejam intuitivos e em treinamento adequado para os funcionários sobre como acessar e utilizar esses sistemas.
4. Atendimento das Expectativas Internas:
A organização, como uma entidade, é um conglomerado de diversos grupos e indivíduos, cada um trazendo suas próprias perspectivas, responsabilidades e expectativas.
Portanto, as informações divulgadas internamente não podem ser genéricas; elas devem ser meticulosamente personalizadas para atender às expectativas e necessidades de cada grupo e indivíduo.
Isso não apenas facilita a tomada de decisão eficaz, mas também garante um alinhamento estratégico e operacional entre os diversos segmentos da organização.
Conclusão:
A informação e comunicação são elementos vitais no cenário organizacional. Seu papel no contexto do controle interno, conforme delineado pelo COSO I, é inegavelmente central.
Elas atuam como o sistema circulatório de uma organização, alimentando cada parte com o que ela precisa para funcionar de forma eficaz e eficiente.
Ao investir tempo e recursos para garantir que a informação seja identificada, documentada, armazenada e comunicada de forma eficaz; ao enfatizar a qualidade e relevância da informação; ao personalizar a informação para diferentes segmentos da organização e ao garantir sua acessibilidade, as organizações não apenas fortalecem seu controle interno, mas também pavimentam o caminho para um crescimento sustentável e inovação contínua.
Ao abraçar completamente a importância da Informação e Comunicação, as organizações conseguem ir além do cumprimento de normativas e regulamentos.
Elas capacitam seus funcionários, otimizam processos e melhoram significativamente a tomada de decisão em todos os níveis hierárquicos.
Essa proatividade na gestão da informação se traduz em uma vantagem competitiva real, posicionando a organização para responder rapidamente às mudanças do mercado, antecipar riscos e aproveitar oportunidades emergentes.
Em resumo, a Informação e Comunicação são mais do que apenas ferramentas ou processos. São fundamentos estratégicos que, quando geridos corretamente, impulsionam a excelência organizacional, a integridade operacional e a resiliência frente aos desafios.
Neste cenário, as organizações que reconhecem e priorizam esses componentes não apenas se destacam, mas também definem o padrão de excelência em suas respectivas indústrias.
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