A gestão de riscos é um componente crucial para a governança eficaz do orçamento público, atuando como um instrumento que assegura a precisão, eficiência e transparência em todas as etapas do ciclo orçamentário: levantamento de estimativas, elaboração, execução, controle e avaliação.
Ela pode ser integrada em cada uma dessas fases, aprimorando a governança do orçamento público.
A fase de levantamento de estimativas é fundamental para a construção de um orçamento realista. A gestão de riscos nesta etapa envolve a identificação de fatores que podem influenciar as receitas e despesas, como variações econômicas, mudanças na legislação e fatores externos imprevisíveis.
A análise de cenários é uma ferramenta útil aqui, permitindo a criação de diferentes projeções baseadas em variáveis de risco identificadas. Isso proporciona uma base mais sólida para as estimativas orçamentárias, reduzindo a probabilidade de desvios significativos.
Durante a elaboração do orçamento, a gestão de riscos ajuda a priorizar os recursos de acordo com a probabilidade e o impacto dos riscos identificados.
Por meio de uma matriz de risco, é possível visualizar quais áreas do orçamento são mais vulneráveis e necessitam de maior atenção ou alocação de reservas financeiras.
Além disso, a definição de indicadores de desempenho e a incorporação de contingências financeiras para lidar com imprevistos são práticas recomendadas para mitigar riscos durante esta fase.
Na execução do orçamento, a gestão de riscos se traduz na monitorização contínua e na capacidade de resposta rápida a eventos imprevistos.
A implementação de sistemas de controle interno eficientes e a utilização de tecnologias de informação para o acompanhamento em tempo real das despesas e receitas são essenciais.
Esses mecanismos permitem a identificação precoce de desvios e a adoção de medidas corretivas, garantindo que o orçamento seja executado conforme planejado.
O controle do orçamento envolve a verificação da conformidade das ações executadas com o que foi planejado. A gestão de riscos aqui se manifesta na auditoria e na fiscalização sistemática das contas públicas.
Ferramentas de análise de risco ajudam a direcionar os esforços de controle para áreas com maior probabilidade de irregularidades. Auditorias baseadas em risco, por exemplo, focam nos processos mais críticos, otimizando recursos e aumentando a eficácia das ações de controle.
Na fase de avaliação, a gestão de riscos contribui para a análise de desempenho e para a identificação de lições aprendidas.
A avaliação pós-implementação permite a revisão dos riscos que se materializaram e daqueles que foram mitigados com sucesso, oferecendo insights valiosos para futuros ciclos orçamentários.
A documentação e a comunicação dos resultados da avaliação fortalecem a transparência e a responsabilidade pública.
A integração da gestão de riscos em todas as etapas do ciclo orçamentário é essencial para uma governança eficaz do orçamento público.
Ao antecipar e mitigar riscos, os gestores públicos podem assegurar que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente, transparente e alinhada com as prioridades estratégicas do governo.
Assim, a gestão de riscos não apenas protege o orçamento contra incertezas, mas também fortalece a confiança da sociedade na administração pública.
A aplicação consistente e sistemática da gestão de riscos contribui para a melhoria contínua dos processos orçamentários, promovendo uma governança mais robusta e tempestiva às necessidades da população.
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Orçamento Público: Elaboração do PPA, LDO e LOA com Base em Gestão de Riscos